Conheça os 6 maiores mecanismos de busca no mundo além do Google

É verdade que a grande maioria de nós luta diariamente para conseguir aumentar o tráfego vindo do Google para os nossos sites. Mas é importante prestar muita, muita atenção: grandes oportunidades podem estar sendo perdidas.

Há muitos casos em que vale a pena olhar ao nosso redor para encontrar formas ainda melhores de se criar tráfego e gerar conversões com menos trabalho.

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Neste post você conhecerá os seis maiores mecanismos de busca no mundo depois do Google (é isso aí, há bem mais do que somente o Google) ordenados por volume de tráfego, com uma breve explicação de potenciais oportunidades de cada um.

1. YouTube

O YouTube foi fundado em 2005 por veteranos do PayPal e foi comprado pouco mais de um ano depois pela Google, o que dá à empresa o controle dos dois maiores mecanismos de busca do mundo (o próprio Google e o YouTube).

O YouTube tem mais de 1.5 bilhões de usuários logados por mês e exibe mais de 1 bilhão de horas de vídeo todos os dias aos seus telespectadores (o número é esse mesmo, 1 bilhão, com “b”).

O primeiro vídeo enviado (que hoje tem mais de 41 milhões de visualizações) foi um clipe de 19 segundos do co-fundador da empresa, Jawed Karim, no zoológico.

Oportunidades no YouTube

Assim como o Google, é fácil ser seduzido com tanto potencial de tráfego. Usar o YouTube como meio para campanhas é uma idéia que nunca pode ser subestimada. Mas temos que nos lembrar de que mais de 300 horas de vídeo são enviadas ao YouTube a cada minuto, e destacar-se no meio de tanto conteúdo exige um bom trabalho – tanto na produção do vídeo, quanto na segmentação do público-alvo. As oportunidades de campanhas pagas para promoção de vídeos através de anúncios estão disponíveis dentro do sistema Google Ads (antes chamado de Google Adwords). Ou seja, é de dentro do Google Ads que são feitos os anúncios de vídeo que serão exibidos tanto dentro do YouTube quanto fora dele (em outros sites da Internet).

Se você conseguir a atenção do seu público-alvo no YouTube com uma boa campanha – como as da GoPro e da BlendTec, que ficaram famosíssimas – seu negócio conseguirá grande visibilidade a um custo baixo.

2. Amazon

A Amazon foi fundada em 1995 e é considerada como uma das primeiras grandes empresas a vender online. Começou vendendo livros online, mas expandiu rapidamente. Em 1999, o fundador Jeff Bezos foi eleito A Pessoa Do Ano pela revista Time por ter tornado a compra pela Internet acessível. A Amazon teve tanto sucesso que em 2017 mais da metade de todas as buscas que levaram a compras online começaram nela, e não na Google. Acrescente a isso a aquisição da Whole Foods (rede de supermercados multinacional que vende produtos naturais, orgânicos ou sem conservantes) e podemos dar como certo que esse número continuará a crescer.

Oportunidades na Amazon

É importante saber que a Amazon tem a sua própria plataforma para anúncios pagos (no sistema CPC, Custo Por Clique) para promover produtos. Para que você entenda melhor, é como se fosse o próprio Google Ads interno da loja, por assim dizer. O anunciante paga para que seu produto apareça mais alto em destaque nos resultados das buscas dentro da Amazon.

Tal e como anunciar no Google ou no YouTube, na Amazon também temos um fator de atração óbvio: a escala e alcance. Mas é preciso estar bem preparado: há bastante concorrência entre os que vendem e também entre os anunciantes na Amazon, as comparações de detalhes e preços de produtos são fáceis e o custo para se vender lá pode ser um pouco alto, dependendo do segmento.

Ser o primeiro a vender algo na Amazon pode ser difícil, a menos que você tenha um produto muito único. Digo isso porque as opiniões (resenhas ou “reviews”) que vão se acumulando ao longo do tempo são muito importantes para que seu produto apareça mais alto nos resultados de buscas. É por isso que boas empresas com bons produtos – e boa reputação – conseguem manter boas posições nas buscas.

Hoje (em 2019) ainda é cedo para dizer como a Alexa (a assistente virtual inteligente desenvolvida pela Amazon) influenciará as buscas e vendas, mas é bom ficar de olho.

3. Facebook

Em 2006, o Facebook (tal e como conhecemos hoje) foi fundado. De 2004 até 2006 ele era usado só por estudantes, e em 2006 ele foi aberto ao mundo.

Oportunidades no Facebook

O Facebook não é aquela opção que vem imediatamente à cabeça quando pensamos em marketing de busca, mas não se engane: em 2017 ele ultrapassou os 2 bilhões de buscas diárias, o que o colocou na frente do Bing. Com mais de 1.5 bilhão de visitantes logados por mês, o Facebook oferece excelentes oportunidades para campanhas pagas, além das postagens manuais tradicionais.

Para negócios que desejam fazer campanhas pagas no Facebook, é muito importante saber que o analista de marketing digital por trás do Gerenciador de Anúncios (ferramenta grátis do Facebook para criar anúncios) deve ser uma pessoa muito bem qualificada. A concorrência pode ser bem acirrada em alguns segmentos, o que demanda otimizações constantes e atenção especial às métricas da campanha.

Há uma diferença importante a ser considerada: enquanto o tráfego de campanhas pagas no Google Ads é orientado em torno de buscas por palavras-chave – o que traz um grau de relevância alto, em geral – os anúncios no Facebook são segmentados em torno de interesses, localização, profissão e outros dados demográficos. É possível que haja alguma perda de relevância dependendo do segmento do negócio. No entanto, é um ótimo canal para que seu produto ou serviço apareça na frente de pessoas quando elas ainda não estão procurando ativamente por ele: são as campanhas de topo de funil (alcançam pessoas quando elas ainda estão em um estágio de reconhecer a necessidade do produto) ou campanhas de consciência de marca (“brand awareness” ou “branding”), onde o objetivo é simplesmente “aparecer” para fixar a marca na memória do público.

4. Bing

O Bing substituiu o MSN Search em 2009 como resposta ao poder do Google. Quando lançado, contava apenas com 8.4% de market share. Subiu rapidamente para 10% e, ainda em 2009, através de um acordo com a Yahoo Search, aumentou para 28.1%. Em 2016, o Bing acrescentou a AOL à sua rede de busca. Essas incorporações o transformaram em um concorrente de peso: os dados mais recentes da Microsoft indicam que o buscador responde por 33% das buscas nos Estados Unidos.

O Bing tem feito muitas experiências e inovações em seus anúncios recentemente, na tentativa de se equiparar com o Google. Várias funcionalidades foram adicionadas ao Bing Ads – desde melhoras na importação de campanhas do Google Ads até relatórios mais sofisticados – para fazer com que o serviço atenda aos altos padrões dos usuários e para ajudar os gestores já acostumados com as contas Google Ads a se adaptarem facilmente ao sistema.

Oportunidades no Bing

Mesmo não tendo o market share que a Google tem, o Bing é muito respeitado em vários mercados, como os Estados Unidos e o Reino Unido. Organicamente (resultados orgânicos são aqueles que não são anúncios, nas páginas de resultados) os algoritmos do buscador ainda não são tão sofisticados quanto os algoritmos da Google, o que torna mais fácil entendê-los, prevê-los e fazer otimizações. Mesmo sabendo que esse cenário não vai durar para sempre, é bem provável que ainda continue assim pelos próximos 2 ou 3 anos.

Devido ao menor tráfego, há menos profissionais de SEO lutando pelas 10 primeiras posições e estudando os algoritmos. Na área de campanhas pagas (Bing Ads), é importante ressaltar que não basta somente importar a sua campanha do Google Ads para o Bing e “pronto, acabou”. Cada mecanismo de busca tem que ter a sua campanha gerida individualmente, prestando muita atenção às diferenças (valores de CPC, taxas de conversão, funcionalidades disponíveis, etc.). No entanto, sabemos que poder importar uma campanha já pronta do Google Ads economiza muito, muito tempo.

5. Baidu

O Baidu foi fundado em 2000 e é o maior mecanismo de busca na China, com mais de 82% de market share. A Google tem somente 0,61% e o Bing 0,37%. A empresa está fazendo investimentos altíssimos em Inteligência Artificial (IA) e criando uma estrutura que é difícil para os concorrentes acompanharem.

Fora da China, o Baidu tem pouca influência. Dentro do país, 3.3 bilhões de buscas são feitas por dia no buscador.

Oportunidades no Baidu

Para quem tem interesse em vender produtos ou serviços na China, o Baidu é a grande porta de entrada para esse gigantesco mercado. É fundamental entender que entrar no mercado de busca chinês não é como entrar em outros mercados. Os aspectos visuais, o idioma e cultura são bem diferentes. O tradutor do Google não lhe ajudará a conquistar novos clientes aqui!

Em geral, os algoritmos do Baidu são mais simples do que os da Google. O sistema de campanhas pagas pode ser mais fácil, uma vez que a configuração inicial já tenha sido feita. Eis aqui o desafio: fazer essa configuração inicial pressupõe um pouco de trabalho para quem está fora da China e não fala chinês!

Para acessar o mercado chinês pelo Baidu, você precisará contar com um profissional na equipe que fale chinês muito bem – além de entender minimamente como funciona o marketing na cultura local – e não simplesmente alguém que “estudou chinês por dois anos” em uma escola de idiomas.

6. Yandex

A origem do Yandex foi um projeto iniciado em 1990 por dois desenvolvedores russos para auxiliar na classificação de patentes. A empresa se chamava Arkadia. O termo Yandex foi adotado em 1993, e significa “Yet Another iNDEXer” (“outro indexador”, em português). O domínio yandex.ru foi lançado em 1997.

Em 2011, a empresa fez o seu IPO na Bolsa de Valores de Nova Iorque por US$1.3 bilhões, o segundo maior da época – logo depois da Google. O Yandex atualmente responde por mais da metade das buscas na Rússia.

Oportunidades no Yandex

Como acontece na maioria dos buscadores menores (se comparados com o Google), há menos tráfego no Yandex, o que significa que a concorrência é bem menor tanto em resultados orgânicos quanto em resultados pagos. Os algoritmos usados pelo Yandex são menos sofisticados do que os da Google e, portanto, as otimizações ficam mais fáceis. No entanto, há que se ter cuidado: mesmo sendo menos sofisticados do que os da Google, os algoritmos do Yandex tem elementos que podem dificultar a vida daqueles que vem de fora – um deles é o maior peso atribuído à geolocalização.

O sistema de anúncios pagos é mais flexível do que o da Google e o do Bing, e tende a ter preços mais baixos por clique.